Consumidores abominam crueldade e priorizam o bem-estar animal, segundo pesquisa
A forma como os animais são tratados é uma questão levada muito a sério pelos brasileiros – a maior parte dos consumidores coloca o bem-estar animal em primeiro lugar na hora de ir ao supermercado.
É o que revela uma pesquisa encomendada pela ONG Mercy For Animals, que atua contra as atrocidades praticadas com os animais explorados para o consumo. O estudo, que foi realizado pelo instituto Ipsos e divulgado pela Folha de São Paulo, ainda apontou que 72% dos entrevistados acreditam que o consumidor deveria estar a par do sofrimento contra os animais na produção dos alimentos. O bem-estar animal e a relação do consumidor com práticas abusivas de criação foram questões levantadas no estudo, que envolveu cerca de 1.000 internautas de ambos os sexos, com 18 anos ou mais.
Não ao sofrimento dos animais
A limitação do movimento das galinhas pelo confinamento em gaiolas foi outro ponto destacado. O questionário exibiu uma imagem do sistema de produção de ovos “gaiola de baterias”, em que estes animais ficam confinados por toda a vida em um espaço muito restrito, além de perguntas mais gerais. Quando perguntados sobre esta prática, 63% julgaram absolutamente inaceitável, o que confirma a preocupação com o bem-estar animal. Somente 3% consideraram absolutamente aceitável.
Sobre limitar o espaço de movimento dos animais a fim de produzir alimentos, 66% avaliaram como totalmente inaceitável. Por fim, 72% dos consumidores concordam totalmente que deveriam estar cientes do sofrimento envolvido com os produtos vendidos em supermercados, sendo que para 57% estes estabelecimentos não deveriam nem disponibilizar estas mercadorias.
Respeito ao bem-estar animal
Felizmente, estes números revelam que a percepção das pessoas em relação à criação dos animais vem mudando – o público está disposto a pagar mais por produtos que envolvam o bem-estar animal, práticas mais humanas e responsáveis de criação. Esta conscientização vai ao encontro da atuação do Instituto Certified Humane na busca por melhores condições de vida para os animais, desde o nascimento até o abate. É uma luz que se acende e emite um sinal para os criadores repensarem o manejo dos animais, que pode ocorrer de uma forma mais decente e humanizada, gerando ganhos de eficiência e produtividade.
Fonte: Folha de S. Paulo
Publicado em 13 dezembro de 2017