Você sabe como melhorar a qualidade da água para o gado?
Pura e transparente, sem sabor e livre de sujeiras ou odores repulsivos: para especialistas em zootecnia, este é o estado em que a água sempre deve ser disponibilizada para o gado.
Garantir a qualidade da água que é fornecida aos animais é um dos passos fundamentais para assegurar o seu bem-estar, mantendo-os saudáveis. E, como consequência natural, impulsionando o desempenho da criação em mais carne e leite. Trata-se de uma condição básica natural para que o gado tenha uma boa saúde e produtividade.
Segundo a Dra. Tremple Grandin, professora norte-americana que desenvolve o manejo racional do gado e é referência mundial em bem-estar animal, a condição corporal é ótimo indicador para atestar se o gado está bem alimentado e com boa saúde. Quando o animal bebe bastante água, também se alimenta melhor e consome mais capim ou forragens.
Assim, fornecer água de qualidade para os bovinos faz parte das boas práticas de manejo humanitário na criação e é uma das tarefas que o produtor deve cumprir para obter o selo bem-estar animal Certified Humane – mas você sabe como fazê-lo?
Siga conosco para descobrir como melhorar a qualidade da água para o gado!
Qualidade da água – dicas e cuidados
Para que a água oferecida ao gado seja sempre sem cor, sabor ou cheiro e livre de contaminantes, é preciso que o produtor tome uma série de cuidados. Mesmo que o bebedouro esteja aparentemente limpo, a água oriunda dos lençóis e do subsolo da propriedade pode vir carregado de barro, ferro e outros elementos minerais e até matéria orgânica em decomposição.
Confira alguma dicas e cuidados práticos para melhorar a qualidade da água para o gado:
– Realize testes de qualidade físico-química e microbiológica da água ao menos a cada 6 meses para se assegurar que não esteja contaminada com compostos que prejudiquem os animais;
– Lave o bebedouro ao menos uma vez por semana com escova e água, retirando do fundo todo o limo, lodo e restos de alimento;
– Monitore constantemente o pH da água e mantenha-o próximo de 7. Se o nível subir ou baixar, adote ações para que água não fique nem ácida nem alcalina;
– Avalie a cada semana ou quinzena se o bebedouro possui vazamentos, rachaduras, trincas ou ferrugem;
– Sempre observe a vazão e a pressão da água, assim como seu aspecto visual e seu odor;
– Evite plantas aquáticas e criação de peixes dentro do bebedouro do gado;
– Mantenha na propriedade fichas de controle de manutenção dos bebedouros de forma rotineira;
– Atente para o volume de água fornecido aos animais – água fresca, de qualidade é apreciada pelos bovinos e muito necessária, em especial nos dias de sol e calor.
Bovinos: tendências no setor de agropecuária
O bem-estar animal é uma das principais vertentes da Indústria 4.0 – a chamada Quarta Revolução Industrial. Com a tecnologia atual proporcionando muito mais segurança e possibilidades para o setor, a tendência é aplicar práticas que não só proporcionam melhores resultados como agregam valor à cadeia de produção.
Além do bem-estar animal, a individualização do monitoramento do gado, o diagnóstico precoce e a predição de doenças são outras exigências da cadeia de valor na criação dos animais. Uma guinada originada em uma sociedade cada vez mais exigente quanto ao processo produtivo e intolerante quanto aos maus tratos.
É cada vez mais comum o uso de próteses ortopédicas em animais feridos, sensores corporais que monitoram a saúde dos animais e scanners bovinos que diagnosticam precocemente doenças – e ainda fornecem uma série de dados sobre a produção. A própria evolução tecnológica criou o modelo do “gado de corte 4.0”.
Além de trazer mais segurança e sanidade à criação, investimentos inovadores como estes melhoram a qualidade de vida dos animais, satisfazem tanto o mercado quanto o consumidor final e garantem o retorno financeiro ao produtor.
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Publicado em 28 setembro de 2021