Os animais sentem, sim: eles têm emoções, dores e prazer
O fato de que os animais sentem pode transparecer como evidente para muitos mas, na prática, milhões de animais ainda são tratados como “coisas” ou objetos – e passam a maior parte de suas vidas trancados em espaços exíguos e com pouca ou nenhuma higiene, alimentação parca e muito sofrimento. Tudo isso com total consciência de sua má condição.
Assim como podem sofrer e sentir dor, porém, os animais também são capazes de sentir alegria, prazer, satisfação e demais sentimentos positivos ou negativos que um ser humano consegue sentir. Isso é comprovado não por um mas por diversos estudos científicos e os testemunhos de inúmeros criadores e especialistas em animais com anos de experiência.
Quer saber mais sobre o assunto? Siga conosco e entenda por que os animais sentem alegria, tristeza, dor, medo e prazer assim como você!
Os animais sentem
De aves a mamíferos, passando por peixes e até moluscos, os animais sentem porque possuem circuitos e estruturas neurológicas que geram consciência – mesmo que seja difícil para nós, humanos, interpretarmos o que estão sentindo apenas observando-os.
Tal constatação foi publicada pela nata da comunidade científica, em 2012, na Declaração de Cambridge sobre a Consciência em animais humanos e não-humanos. E os estudos que foram realizados e publicados nos anos seguintes corroboram a Declaração.
Veja o que alguns estudos revelaram:
– Neurocientistas norte-americanos descobriram que ratos e camundongos possuem os mesmos circuitos neuronais que se ativam quando uma pessoa sente emoções;
– Um estudo da Universidade de Emory, nos EUA, mostrou que as galinhas têm personalidade própria, entendem números e sentem medo, ansiedade e empatia;
– Foi identificado em primatas e elefantes senso de justiça (recusando-se a cooperar com quem os maltrata) e até episódios de vingança contra adestradores e tratadores agressivos;
– As araras, aves brasileiras famosas pela beleza de suas cores, são fiéis ao parceiro(a) pela vida toda e chegam a parar de se alimentar e morrer de fraqueza quanto o perdem.
Importância de garantir o bem-estar animal
É comum que criadores afirmem seguir tudo o que a legislação determina quanto a questões nutricionais, sanitárias e de vacinação dos animais – na maioria das vezes, entretanto, o bem-estar animal é ignorado. Oferecer unicamente condições para que o animal mantenha-se vivo não é o suficiente para que fiquem livres de dor e desconforto.
Quando as características específicas de cada espécie são respeitadas, inclusive com o fornecimento de ambientes e espaços adequados para que socializem, descansem e exerçam seu comportamento natural, os animais sentem conforto, segurança e bem-estar. O próprio manejo é mais fácil, com menos perdas e prejuízos, e o produto final é valorizado.
E não é só: assegurar o bem-estar animal também atrai a atenção e conquista a confiança do consumidor.
Consumidores conscientes
Um número cada dia maior de consumidores quer saber de onde vem e como é produzido o alimento e os produtos que adquire, especialmente quando se tratam de mercadorias de origem animal. E não por simples curiosidade: as pessoas hoje exigem comer alimentos mais saudáveis e que não sejam fruto de sofrimento animal ou danos ao meio ambiente.
A tendência é tão forte que muitos produtores rurais estão correndo para se adaptar aos novos tempos e oferecer o devido bem-estar animal a suas criações. E pesquisas mostram que o consumidor atual abomina a crueldade e prioriza o bem-estar animal ao tomar suas decisões de compra, inclusive com disposição para pagar a mais por produtos gerados com respeito aos animais.
Ter consciência de que os animais sentem alegria, tristeza, dor, prazer, saudade, medo, segurança e todos os outros sentimentos que estamos acostumados a experienciar é o primeiro passo para assegurar seu bem-estar. É bom para os produtores, é ótimo para os consumidores e é excelente para os animais.
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Publicado em 26 setembro de 2022