Bem-estar animal já é obrigatório na agroindústria
O bem-estar animal necessita, absolutamente, estar no topo das preocupações da agroindústria brasileira. Não dá mais pra fechar os olhos para esse assunto – fato é que o bem-estar animal está ocasionando transformações nas produção de animais para fins alimentícios. É um caminho sem volta e motivo de comemoração, sem dúvida.
O consumidor é quem manda
De nada adianta as agroindústrias apresentarem estratégias mirabolantes, investir em marketing pesado e apresentar novos produtos se o novo perfil de consumidor não for considerado. O panorama que se configura já é de um público mais preocupado com a sua saúde e que coloca o bem-estar animal no topo dos fatores que influenciam a sua compra.
Agroindústrias que adotam boas práticas de manejo estão saindo na frente, sem dúvidas. O consumidor quer saber de onde vem o produto que está à sua mesa e quais as condições a que os animais foram submetidos até servirem de alimento. Hoje em dia, crueldade e falta de respeito não são mais admissíveis – é para isso que estamos trabalhando, a fim de mudar a realidade absurda que ainda impera nas agroindústrias brasileiras.
Quem compra exige, mas também paga mais. Sim, o consumidor está disposto a adquirir produtos de maior valor e que são produzidos com bem-estar animal. Para ele, um produto com o selo de bem-estar animal pode ser considerado de melhor qualidade diante de outro que não apresenta nenhuma informação no rótulo sobre o assunto. De longe, é melhor cuidar do bem-estar animal do que não fazer nada a respeito.
O começo
Tudo começou ainda na década de 60, mas foi com a publicação das cinco liberdades, regidas pelo Farm Animal Welfare Council, em 1979, que a produção com bem-estar animal passou a ser considerada. Então, a senciência animal também foi colocada na pauta das discussões em torno da produção animal. E as empresas alimentícias e agroindústrias, que antes faziam (e há tantas que ainda fazem) vista grossa ao bem-estar animal, perceberam que questões como infraestrutura, alimento e bebida, transporte e a nutrição animal, são indispensáveis.
Ações de controle do ambiente e da alimentação dos animais de produção, inclusive, são itens primordiais nas questões de bem-estar animal. Estes cuidados geram melhores produtos para o consumidor e também são importantes para evitar que a agroindústria evite inúmeros prejuízos, como o surgimento da salmonela, por exemplo. O surgimento da bactéria está diretamente relacionado com alguns fatores, como: falta de higiene e limpeza no ambiente em que estão aves e suínos; ausência de cuidado com dejetos e outros resíduos, uso de água contaminada e falta de controle diante da presença de pássaros, moscas e roedores. De todos estes motivos, a alimentação é o item que merece maior atenção para evitar o aparecimento da bactéria. Para saber mais, acesse o post Salmonela na nutrição Animal: como surge e que prejuízos traz para a agroindústria, da Eurotec Nutrition.
Bem-estar animal precisa ser certificado
Para que o consumidor tenha a certeza que de está adquirindo um produto advindo do bem-estar animal, a certificação do programa Certified Humane é a melhor opção. Trabalhamos para melhorar a vida dos animais de produção, do nascimento ao abate. Desde 2003, a Certified Humane atua segundo o Manual de Diretrizes da Humane Farm Animal Care (HFAC). São critérios rígidos de bem-estar animal mantidos por um comitê científico, formado por cerca de 40 profissionais do mundo todo, que estudam as especificidades de cada espécie, para dar-lhes o melhor possível.
Publicado em 11 janeiro de 2019