Conheça e saiba prevenir as principais doenças que afetam os frangos de corte
A saúde e o bem-estar dos animais estão diretamente ligadas tanto à qualidade quanto à segurança do produto final – e não é diferente com as aves, animais que ficam sujeitos a uma série de enfermidades quando os devidos cuidados não são seguidos, em especial os que tangem a biosseguridade do sistema produtivo; um programa de vacinação completo e essencial. As infecções por vírus e bactérias são causadoras das principais doenças que afetam os frangos de corte.
Seguir as normas de bem-estar animal, mantendo os animais livres de estressores, é a melhor forma de prevenir tais infecções: muito além de garantir qualidade de vida às aves, oferecer manejo correto, alimentação nutritiva e instalações apropriadas à espécie mantêm a criação sempre saudável e minimiza substancialmente a ocorrência de doenças – evitando, além de tudo, prejuízos à produção.
Deve-se destacar que animais criados numa condição de bem-estar são imunocompetentes por estarem menos expostos a situações negativas no meio em que vivem. Por consequência, menos suscetíveis a desafios sanitários.
Deseja conhecer as principais doenças que afetam os frangos de corte e saber melhor como preveni-las? Siga conosco no texto a seguir!
As principais doenças que atingem aves
Veja abaixo seis das principais doenças que afetam os frangos de corte:
Doença de Newcastle → Causada pelo vírus de mesmo nome, costuma ser confundida com outras doenças e acomete aves domésticas e silvestres;
Salmonelose → Provocada por uma bactéria e favorecida por alojamentos com alta lotação de aves, resulta em até três tipos de doenças: pulorose, tifo aviário e paratifo aviário;
Laringotraqueíte infecciosa → Causada por um vírus que ataca laringe, traqueia e pulmões, tem alta taxa de mortalidade e causa graves prejuízos econômicos;
Coriza infecciosa → De ocorrência comum no Brasil, gera corrimento nasal, edemas nos olhos e até destruição do globo ocular;
Bronquite infecciosa → Transmitida por um vírus altamente infeccioso que afeta o trato respiratório, os rins e o aparelho reprodutivo das aves;
Gripe aviária → Apesar de não haver nenhum caso registrado no Brasil, é uma das doenças que mais preocupa as autoridades mundiais: é causada pelo vírus influenza e pode afetar mamíferos.
Como prevenir doenças respiratórias em aves de corte
Além das doenças já mencionadas, existem diversas outras doenças respiratórias que podem acometer os frangos de corte: Bouba aviária, Colibacilose, Micoplasmose, Pneumovírus Aviário, entre outras. Para preveni-las, é preciso adotar medidas de bem-estar animais tais como:
– Seguir um programa de vacinação compatível com a região da granja e seguir as boas práticas de vacinação;
– Abrigar as aves em galpões bem ventilados e sem alta densidade populacional;
– Oferecer água tratada em abundância;
– Garantir um ambiente com temperatura de acordo com a idade dos frangos e umidade adequados;
– Seguir um programa de limpeza e desinfecção rigoroso da cama, galpão e equipamentos;
– Providenciar alimentação nutritiva e balanceada de acordo com a fase produtiva das aves.
A importância dos cuidados com a saúde das aves
As medidas acima são apenas um resumo dos diversos cuidados que as normas de bem-estar animal promovem para evitar de maneira eficaz a ocorrência de doenças – e que resultam em vários outros benefícios:
– Mais bem-estar e qualidade de vida para as aves;
– Aumento da produtividade;
– Aprimoramento da qualidade do produto;
– Redução nos custos e nas perdas durante o processo produtivo;
– Melhora no ambiente de trabalho;
– Concordância com as leis sanitárias e com as normas do mercado internacional.
Veja oito aspectos de bem-estar animal para frangos de corte
Confira então oito aspectos que são fundamentais para garantir o bem-estar animal e que ajudam a prevenir as principais doenças que afetam os frangos de corte:
1. Alimentação nutritiva e na medida certa para cada animal;
2. Água abundante, fresca e sem derramar nas camas das aves;
3. Instalações confortáveis que permitam às aves expressar seu comportamento natural;
4. Pisos fáceis de limpar e livres de contaminação;
5. Período de escuro de pelo menos 6h diárias e se acesso a piquetes, fornecer sombra na medida adequada para o descanso das aves;
6. Temperatura sem variações bruscas e com ventilação que permita manter uma ambiência confortável as aves;
7. Ar de qualidade e livre de contaminantes em especial da amônia e poeira;
8. Acesso à pasto (free-range), caso exista, deve ser protegido e bem manejado para acúmulo de contaminantes e fontes de infecção que possam causar desafios sanitários às aves.
Publicado em 26 junho de 2023