Certificação de alimentos: veja como obter o selo Certified Humane para um ou vários produtos
Muitas empresas já perceberam que o respeito ao bem-estar animal passou a ser um valor fundamental nas decisões de compra tomadas pelos consumidores. A boa notícia é que elas também podem ter uma certificação de alimentos.
Não são só os criadores que podem obter o selo de bem-estar animal Certified Humane. É possível fazer a certificação de alimentos, como refeições prontas congeladas, maioneses, presuntos, iogurtes, sorvetes e outros tipos de comida que usem proteína animal como ingrediente. As normas de boas práticas de bem-estar animal determinam como um fabricante de alimentos pode obter o selo Certified Humane para um – ou para vários – de seus produtos. Veja cinco aspectos que as empresas precisam seguir para terem seus produtos certificados.
1. A matéria-prima (carne, leite e ovos) tem de ser fornecida por criadores certificados com o selo Certified Humane
O selo Certified Humane só pode ser concedido para um produto que puder comprovar a utilização exclusiva de carne, leite e ovos que também tiverem a certificação de bem-estar animal. Afinal de contas, o compromisso é garantir que os animais tiveram um tratamento humano – ou seja, livre de sofrimentos e desconforto desnecessário – desde o nascimento até à mesa do consumidor.
2. A empresa pode buscar a certificação para apenas um produto ou para um grupo deles
O selo Certified Humane comprova que um determinado alimento foi produzido respeitando as boas práticas de bem-estar animal. Nesse sentido, ele é específico para cada item certificado. Uma empresa que o obtém o selo para um de seus produtos não poderá usá-lo para os demais – a menos que todos sejam submetidos ao mesmo processo de certificação de alimentos. Em outras palavras, a empresa certifica cada produto separado.
3. Para certificar um produto, um fabricante de alimentos precisa demonstrar organização
No processo de certificação, os inspetores do Instituto Certified Humane vão averiguar alguns aspectos da organização da empresa essenciais para a certificação. Será preciso, por exemplo, apresentar um plano de compras dos ingredientes a serem usados nas receitas dos produtos que vão receber o selo Certified Humane. Outra exigência: as matérias-primas dos produtos certificados devem ser armazenadas separadamente. Isso é importante para evitar que matérias-primas não certificadas sejam usadas nos produtos que vão receber o selo. Também é preciso manter registros de compras e reclamações feitas aos fornecedores, demonstrando que as informações poderão ser rastreadas e recuperadas sempre que for necessário.
4. A empresa que busca a certificação precisa ser transparente nas inspeções
Uma regra básica para quem busca a certificação de alimentos de bem-estar animal é estar disposto a receber a visita dos inspetores do Instituto Certified Humane a qualquer momento. Isso vale tanto para os criadores de animais quanto para os fabricantes de alimentos. Como diz o dito popular: quem não deve, não teme. O compromisso com a transparência atesta o firme propósito de seguir as boas práticas de bem-estar animal prescritas pelas normas.
5. É preciso se submeter ao processo de inspeção
O processo de certificação de um fabricante de alimentos é bastante semelhante ao dos sítios e fazendas. As empresas precisam fazer a solicitação inicial e submeter-se à inspeção, arcando com os custos necessários para o processo (nunca é demais lembrar que as taxas para a certificação são bastante acessíveis para empresas de todos os portes). Depois, basta aguardar o resultado da avaliação dos inspetores. Quem passa por todo o processo precisa renovar o certificado anualmente.
Obviamente, há um aspecto fundamental em tudo isso: a pressão dos consumidores. São eles que estão exigindo que as empresas se adaptem a uma nova realidade, na qual não se toleram mais os maus tratos aos animais e o sofrimento das criaturas que nos servem de alimento.
Publicado em 05 setembro de 2017